sexta-feira, 17 de setembro de 2010

VOCÊ É UM ÉTICO?

Ter uma conduta ética é indispensável. Você tem?



Ética é um dos cinco campos clássicos da investigação filosófica. É a disciplina ou área do conhecimento que se dedica a estudar o comportamento das pessoas.
Também tem o sentido de "habitação", portanto poderíamos dizer que ética pode significar o conjunto de hábitos que permitem o convívio entre as pessoas. É o caráter que permite que as pessoas "habitem" a habitação - ou ambiente, como dizemos hoje.
A ética é uma condição absolutamente indispensável, quando pensamos em construir um ambiente, seja no âmbito profissional, familiar ou social. Todas as organizações trabalham em cima de uma ética, que, às vezes, está clara, explícita, e, às vezes, não - ela existe de qualquer maneira, todavia é implícita ou tácita, quando então os "habitantes" a praticam silenciosamente.
Desde o final do século passado - bem há pouco, portanto - a gestão de empresas está mais e mais focada nas pessoas, e até em cada um, individualmente. É uma marca de nosso tempo. Por isso a necessidade de uma leitura da ética individual.
Comportamento ético é o comportamento esperado em função do código estabelecido no grupo.
De fato, há empresas nas quais a ética não é exatamente exemplar. Mas uma empresa assim, com uma ética não moral - ou aética -, não deve servir para se trabalhar
A construção de uma carreira deve ser maior do que um emprego, por isso o alinhamento com uma ética
adequada é fundamental. Devemos, então, falar de ética como sinônimo de "filosofia moral".
É claro que as organizações têm influência sobre o comportamento das pessoas, mas, independente disso, deve ser preservada a ética individual, representada pela maneira como as pessoas devem tratar umas às outras, e como devem se portar diante da empresa, organização ou categoria profissional em que estão inseridas.
Às vezes, o comportamento ético pode provocar choques culturais, especialmente em um país como o nosso, onde vigorou durante muito tempo uma tal "Lei de Gerson", interesses pessoais acima dos interesses coletivos. Temos um senso comum, que surgiu aparentemente desde o descobrimento do Brasil, de que cometer pequenos delitos é perfeitamente justificável, e até elogiável, como sinal de esperteza ou de inteligência. É uma característica da moral dicotômica de nosso país, mas que vem sendo modificada muito rapidamente.
Hoje, os interesses pessoais são respeitados, desde que não sejam ofendidos os interesses coletivos. O respeito à sociedade e o respeito à natureza são comportamentos éticos desejáveis e, mais do que isso, exigidos de todos aqueles que tiverem interesse em vencer em um mundo competitivo, que está construindo sua competitividade com alicerces fincados no desenvolvimento sustentável e na relação "ganha-ganha". E, decididamente, não devemos nos alinhar com esses princípios apenas porque estamos diante de recomendações, ou porque o mercado exige - se fizermos assim, não vai dar certo. Devemos compreender por que esses aspectos são importantes, buscando conhecimento específico, nos aprofundando nos temas, de maneira a desenvolver uma atitude consciente e autêntica.
Assumir um comportamento absolutamente ético pode parecer exagero, quando somos atingidos todos os dias por notícias, informações, exemplos e até estímulos que tentam nos fazer trilhar o caminho contrário. Infelizmente, no Brasil e no mundo, continuamos tendo alguns dirigentes que seguem a infame Lei de Gerson, como políticos e policiais corruptos, empresários e comerciantes que burlam as normas e, evidentemente, funcionários que seguem a mesma ética.
Ninguém é "mais ou menos ético". Simplesmente somos éticos ou não. Sabemos que somos éticos quando não temos nenhuma dificuldade em compartilhar com qualquer pessoa, especialmente nossa família, tudo aquilo que fazemos em nossa atividade diária. Mas há outras pistas. Observe (e observe-se):


a) Utilizar a honestidade ao lidar com qualquer situação;


b) Assumir sua responsabilidade em qualquer circunstância;


c) Agir de acordo com seus princípios sempre;


d) Usar de humildade, considerando que você pode errar e que seus acertos nunca serão apenas seus;


e) Considerar as verdades dos outros, evitando emitir juízos precipitados.



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