Qual o melhor momento de se aposentar, pergunta o Mario.
Vejam, é relativo. Há a dimensão financeira e a psicológica. Financeiramente, quando tivermos de onde tirar entre 70% e 80% do último salário, para manter o padrão de vida na inatividade.
Já, psicologicamente, é mais difícil decidir. Porque difícil deixar de ser o Dr. Fulano de tal, o diretor da multinacional, o engenheiro da Hidrelétrica x, o professor da Universidade y, o gerente geral da loja tal, enfim, perder a identidade profissional. Além do que sentir-se útil e ter ainda objetivos na vida é o que garante nossa saúde e aumenta a longevidade.
Agora, posso dizer quando não parar: nunca antes dos 60 anos, pois estamos vivendo, em média, até os 85 anos, o que resulta em 25 anos de inatividade.
A verdade é que saber quando parar é uma arte. Para comuns e para famosos. E, aqui, há mais erros que acertos.
Quantos velhos e ultrapassados políticos prejudicam o país, alguns poucos bons, desintegrando seu próprio mito? Quantos jogadores se arrastam em campo puxando seu passado? Quantos cantores, outrora famosos, cantam em churrascarias de 3ª. categoria?
Olha, saber parar é a marca de pessoas inteligentes e dos inesquecíveis. Daqueles que sabem que encurtar a biografia pode significar dilatar sua história.
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