quarta-feira, 30 de março de 2011

APRENDENDO A LIDAR COM AS CRÍTICAS

Uma das coisas mais difíceis para todos nós, é lidar com as opiniões alheias, principalmente com as críticas, que normalmente são feitas de forma inadequada e cheias de rancor, com o objetivo exclusivo de ferir o outro.
Se na família já é difícil conviver com isso, imagine no atual ambiente de trabalho, onde a competitividade é cada vez maior?
Por outro lado, a crítica quando realizada de maneira adequada, pode se tornar um importante instrumento de aprendizagem e de crescimento, com reflexos positivos em nossa vida pessoal e profissional. Vejamos algumas formas de dar feedback:
Feedback significa retorno, retroalimentação. É a minha percepção sobre determinado comportamento ou ação de outra pessoa. Há vários tipos e finalidades, porém, vamos abordar os principais.
a) O silêncio – Normalmente as pessoas ficam em silêncio ou não respondem a mensagem. Nesse caso, necessitamos ler o que está por trás do silêncio, ou seja, a mensagem “nas entrelinhas”. A finalidade deste feedback é marcar posição e manter o status pessoal (eu sou importante, aqui sou eu quem manda ou algo parecido). O efeito dele pode ser muito ruim nas relações interpessoais, uma vez que tende a diminuir a confiança entre as partes, podendo levar a pessoa a uma atitude precipitada.
b) Críticas negativas – Este é o mais comum e tem como finalidade identificar comportamentos indesejáveis. Exemplo – Você está usando bebida alcoólica de forma demasiada e esta atitude está prejudicando o seu relacionamento amoroso, familiar e o rendimento profissional. Neste caso, o feedback tem a finalidade principal de cessar o comportamento e, nos casos mais difíceis, levar a outra parte a refletir sobre as observações feitas, para posterior mudança. Os maiores efeitos desse feedback são desculpas e censura de quem o recebe. Sendo feito de forma adequada, pode alcançar o verdadeiro objetivo: mudar a conduta da pessoa.
c) Conselho – Ele é muito importante e as pessoas mais reativas tendem a acreditar que “se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia”. Acreditamos que os conselhos podem ser úteis e o mais importante é avaliar os mesmos e decidir se aceitará ou não. É utilizado para identificar comportamentos ou resultados importantes para a nossa vida em momentos futuros. Exemplo – lembre-se de economizar 10% do que você ganha, para ter uma reserva financeira para os seus estudos universitários e cursos profissionais. A sua finalidade principal é alertar ou levar a outra pessoa a mudar as suas atitudes. Os efeitos positivos levam a melhoria da confiança entre as partes e um bom conselho pode marcar a nossa vida e nos conduzir ao sucesso.
d) Reforço positivo – Embora estejamos vivendo épocas de escassez de elogios e de estímulos positivos, esse feedback tem como finalidade identificar comportamentos ou resultados desejados que correspondam ou excedam aos padrões esperados pela pessoa que está dando o feedback. Exemplo – “parabéns meu filho, o seu desempenho da escola está cada vez melhor. Continue assim e colherá os frutos deste esforço”. Tem como finalidade elevar a auto-estima de quem recebe e o mesmo tenderá a melhorar o desempenho. Como resultado positivo ele aumenta a confiança e a motivação.
Da próxima vez que receber ou fizer críticas, lembre-se de que as palavras deixam marcas, podendo ser boas ou ruins. No segundo caso, mesmo que você peça perdão, o estrago já estará consumado. Normalmente, somos mais generosos em criticar e cautelosos em elogiar.
Concluirei este artigo com uma frase de Aristóteles (322 a.C. 384 a.C.) filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande, considerado um dos maiores pensadores de todos os tempos e criador do pensamento lógico:
“Qualquer um pode sentir raiva. É fácil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa, para o fim certo e da maneira certa, isso não é fácil”.

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