O Sonho do liderado é ter um líder COMPETENTE.
O desempenho dos “chefes” dentro da organização é o fator determinante para satisfação dos funcionários e desempenho da equipe. Por esta razão, hoje é imprescindível que o chefe reúna qualidades as quais o aproximem de um gestor ideal.
O líder ideal deve manter um bom relacionamento interpessoal no local de trabalho e este é um dos seus maiores desafios.
“Os principais problemas no local de trabalho são a falta de comunicação e saber como equilibrar diversos perfis comportamentais e de personalidade neste ambiente. Por isso, o líder que chega próximo ao ideal é aquele que sabe deixar sua equipe à vontade, motivando-os e cobrando-os no momento certo”.
Espécie em extinção
A tendência do mercado é excluir os chamados “chefes turrões” ou “durões”, que faltam com respeito aos subordinados e não sabem lidar com as diferenças no
local de trabalho.
“Ninguém quer trabalhar com líderes que impõe uma linha baseada no medo. O verdadeiro líder sabe ganhar respeito, mas sem tolher a liberdade e individualidade de seus chefiados e ele também não os transforma em ‘puxa-sacos’”.
No entanto, ainda existem gestores que cruzam a linha que divide o comportamento aceitável do assédio moral. Nestes casos, a melhor atitude é tentar conversar com o líder e encontrar uma solução para o problema de abuso da autoridade no trabalho.
“O limiar entre a cobrança aceitável para o assédio moral é quando o chefe passa a ofender os valores morais, pessoais e éticos do chefiado, exigindo que ele cumpra atividades que não são cabíveis. O ideal nestas situações é conversar e explicar as razões pelas quais o chefiado está se sentindo vulnerável”.
Desgaste é gerado por má gestão
Grande parte dos desgastes no trabalho são gerados por problemas de gerenciamento dos líderes. O chefe que se coloca em uma posição superior a de sua equipe é um dos menos favoráveis tipo de liderança. “O pior chefe é aquele que precisa provar que ele é o chefe. Ele não sabe ouvir e não sabe dividir o sucesso da equipe entre todos. Este tipo nunca consegue parabenizar ninguém, pois ele se põe em um patamar diferente ao dos seus chefiados, esquecendo que uma organização envolve o trabalho de um grupo de pessoas e não só o dele”.
Saber lidar
É muito importante que os chefiados conheçam e aprendam a lidar com os diferentes tipos de chefes.
“Existem os chefes explosivos, por exemplo, que gritam e humilham o chefiado. Nestes casos, quando parece não haver uma forma de contornar o problema, aconselho que a pessoa comece a procurar um outro emprego. Não é desejável, mas quando não há solução é melhor do que se sentir desmoralizado e não render no trabalho.
Existe uma média de 60% a 75% de incompetência gerencial nas organizações brasileiras, o que resulta diretamente em altos níveis de insatisfação e problemas relacionais no ambiente do trabalho. Lidar com estas dificuldades e com diferenças de personalidades é um dos grandes desafios dos gestores em todo o país. Confira as opiniões do executivo sobre o tema:
O ‘chefe máquina’ é aquele que está sempre acelerado
É cobrando resultados, direto ao assunto e sem tempo ou paciência para as “abobrinhas” que você gostaria de compartilhar com ele ou ela. Pode parecer ruim trabalhar com este tipo, mas pelo menos, se você souber o que a empresa espera dele, saberá para onde você deve se dirigir e com que velocidade. Com eles, o melhor é procurar sempre começar do fim para chegar ao começo, isto é, quando for apresentar uma idéia, apresente sua conclusão e depois forneça tantos subsídios quanto ele tiver tempo para pedir.
O ‘bonzinho’ é compreensivo e dificilmente nos diz não, mas também não diz sim e fica sempre em cima do muro para não nos magoar. O mais difícil é ter um feedback direto e claro sobre seu desempenho. Quando chega o dia da avaliação também não se recebe o sonhado aumento de mérito porque afinal ele também não soube “vender” a idéia para o chefe dele, pois muitas vezes, ele pode também ser acometido de surtos de puxa-saquismo e não desafia seus superiores. Com estes, o melhor é não se contentar com a ausência de feedback e os constantes “talvezes” para nossas propostas. Desperte o lado “bad boy” do chefe para você não estancar sua carreira na zona de conforto de suas falsas benevolências.
O que seria o chefe ideal? Ele existe?
RAS: Não sei se seria exagero dizer que o chefe ideal pode existir no campo da mitologia e crendices, como Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, mas na vida real de nossas carreiras, encontramos bons chefes em períodos de sorte, que podem ser mais ou menos longos, mas mesmo nesses conseguimos encontrar falhas. Uma estatística diz que há entre 60% e 75% de incompetência gerencial nas organizações. Por isso é muito mais fácil se ler pesquisas, estudos e livros sobre líderes incompetentes ou, como eu chamo, os “chefes-mala” do que os “chefes ideais”. Outra pesquisa feita com mais de um milhão de empregados levou à conclusão de que os “chefes-mala” são a maior causa de rotatividade nas empresas.
Uma má liderança pode afetar a forma como uma equipe trabalha?
Não só como uma equipe trabalha como os resultados de uma organização inteira, dependendo da altura em que ele ou ela se encontra no organograma. A palavra chave é termo ‘equilibrada’ adjetivando a liderança, como responsável por desempenho produtivo e bom clima de trabalho. O interessante é que são características que podem até ser pontos fortes, mas se exagerados e cruzarem a linha do equilíbrio, eles se tornam pontos vulneráveis que afugentam os talentos sob seu comando. Na tentativa de dar uma recomendação para líderes em exercício e em formação, diria que explorassem todas as oportunidades para ampliarem seu autoconhecimento e a partir dele investir pesado em seu autodesenvolvimento, pois afinal, em matéria de liderança, somos todos eternos aprendizes.
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